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10 coisas que não te contaram sobre a psicoterapia!

Atualizado: 10 de jan. de 2022

Quando você não está se sentindo bem psicologicamente e parece não conseguir resolver isso sozinho, ser atendido por um psicólogo (a) pode ser uma decisão assertiva. Felizmente, na atualidade, as pessoas tem procurado mais por ajuda de um profissional da área da saúde mental por ter entendido a real importância do processo psicoterapêutico.


Isso porque a visão do psicólogo como “coisa de doido” tem mudado de alguns anos para cá, o que tem despertado mais o interesse das pessoas por atendimento psicológico, especialmente, devido à alta demanda em função da pandemia da COVID-19.


Você que clicou neste post, provavelmente, quer saber tudo sobre psicoterapia. Sem mais delongas, pensando nessa curiosidade, separei 10 coisas que não te contaram sobre a psicoterapia:



#1 A duração do processo terapêutico


Esta é uma dúvida muito frequente entre as pessoas que se interessam por psicoterapia que nunca fizeram parte deste processo, principalmente, aquelas mais ansiosas que desejam solucionar suas questões o mais rápido possível. Porém, segundo o Art. 20 do Código de Ética Profissional do Psicólogo (p.15): “o psicólogo, ao promover publicamente seus serviços, por quaisquer meios, individual ou coletivamente: c) Não fará previsão taxativa de resultados”.

Isto significa que qualquer psicólogo que forneça o serviço de psicoterapia está proibido de dizer ao paciente, por exemplo, “em um mês e duas semanas resolveremos X”. Seria incrível se tivéssemos essa previsibilidade baseada em evidências científicas, mas na verdade, isso não existe e vai além de uma simples proibição do conselho.


#2 Aprender a esperar os resultados da terapia já é um dos resultados da terapia.


Provavelmente você pode sentir que os resultados da terapia já estejam “funcionando” já na primeira sessão. Mas você também pode acabar notando isso somente depois de algumas semanas. Se você aprender que as mudanças surgem aos poucos e que ter paciência consigo próprio é necessário para as mudanças acontecerem, isto já pode ser considerado um sinal que a terapia está funcionando. O tempo cronológico é diferente do nosso tempo interno. Repeite-o.


É preciso levar em consideração que cada pessoa tem seus fatores genéticos, biológicos, culturais, históricos, cognitivos e comportamentais (entre outros) diferentes que refletirão no processo psicoterapêutico. Inclusive isto será o foco do profissional para avaliar o caso e escolher o melhores métodos e/ou técnicas, conforme sua abordagem, para ajudar o paciente. Seu comprometimento com as sessões também reflete nos resultados.


Além disso, é de suma importância destacar que cada psicólogo tem um modelo teórico que aprendeu na faculdade que propõe diversas formas de trabalhar, o que pode refletir na duração e resultado do processo psicoterapêutico também. Isto é, existem modelos mais focados e objetivos na queixa do paciente e já outros mais aprofundados que demandam mais tempo. Estes adendos merecem um post mais detalhado sobre o assunto.


#3 Psicoterapia não é o mesmo que desabafar


Falar sobre os seus sintomas é uma forma muito eficaz da qual Freud já conceituou há muitos anos de “a cura pela fala”. Porém, a psicoterapia vai além da visão estereotipada de que o psicólogo está ali somente para ouvir o paciente e perguntar “como se sente sobre isso?”. Não estou dizendo que ouvir não faça parte do processo, mas que a psicoterapia envolve outras características além de ouvir uma pessoa.


Inclusive, a psicoterapia fornece um tipo de escuta diferente de um familiar, amigo, conhecido ou profissional de outra área. Na psicoterapia, o psicólogo por meio da escuta ativa te avaliará e, baseado nisso, te explicará como você funciona ensinando técnicas ou métodos científicos que te ajudarão a lidar com as suas questões, além de te acolher e validar seus sentimentos. Ou seja, a psicoterapia é ativa e também pode estimular que o paciente seja o seu próprio terapeuta.


#4 Não se chama o psicólogo de doutor


A não ser que ele tenha feito doutorado! Isso acontece mais comumente com advogados e médicos que também não tenham esta pós-graduação.


Porém, pela tradição, há muitas pessoas que costumam designar esses profissionais desta forma. O costume de chamar esses profissionais assim ainda acontece devido a uma lei imperial desde 1827 por Dom Pedro I, que conferia esta patente acadêmica aos formandos em bacharelado (sendo a maioria dos estudantes dos cursos de medicina e direito, no Brasil Colônia).


Porém, na atualidade esta lei não existe mais em uso. No Brasil, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação é quem designa o título de doutor para aqueles que fizeram doutorado, sendo um curso direcionado para aqueles que desejam, após da graduação, seguir com pesquisa científica e com a área acadêmica sendo professor para graduandos do ensino superior.


#5 A conexão com o psicólogo pode ser crucial


O vínculo ou aliança terapêutica é uma das características mais importantes da psicoterapia. Isso porque, sem a confiança no seu terapeuta, a terapia não funciona. Já imaginou você se abrir com um “profissional” que você perceba que te julga, te desvalida, é impessoal, é antiético, é egocêntrico e não pode te ajudar como deveria? Seria péssimo, não é? Ter especializações ajudam na escolha do terapeuta, porém não é um único determinante na sua escolha.


Por isso, seguir a recomendação de uma pessoa em quem você confia ou se ater a comentários positivos sobre o trabalho do profissional que você ainda escolherá como seu psicoterapeuta são formas de te ajudar nesta escolha. Preste atenção também nas principais habilidades para detectar um bom psicoterapeuta como: “empatia”, “ética” e “bom ouvinte”, por exemplo.


#6 O psicólogo pode escolher não te atender


Pode parecer estranho isso, já que você também é cliente e está escolhendo o serviço que irá investir, mas te explicarei o porquê isso pode acontecer. Além das especializações que o psicólogo pode ter dentro da clínica, ele também pode escolher algumas demandas com que tem mais experiência e deseja trabalhar em seu consultório, como “fobia social”, “transtorno de déficit de atenção com hiperatividade” ou “síndrome do pânico”, por exemplo.


Entretanto, não são todos os terapeutas que são capacitados e/ou se sentem confortáveis para lidar com o problema “X”. Um psicólogo ético, será sincero com você se este for o caso, te indicando um profissional mais adequado a sua demanda. Até por questões pessoais, o psicólogo pode se recusar a te atender, também te indicando para outro profissional.


#7 O sigilo pode ser quebrado


O sigilo nada mais é do que a obrigação que o psicólogo tem em preservar tudo o que é dito pelo paciente no atendimento. Segundo o Art. 6 do Código de Ética Profissional do Psicólogo (p.13): “É dever do psicólogo respeitar o sigilo profissional a fim de proteger, por meio da confidencialidade, a intimidade das pessoas, grupos ou organizações, a que tenha acesso no exercício profissional”. Entretanto, existe um parágrafo único explicando as raras exceções que isso pode acontecer, como:

  • Quando o paciente pretende se colocar em risco ferindo sua integridade física (casos que pode envolver tentativa de suicídio, por exemplo);

  • Maus tratos contra crianças e adolescentes, sendo obrigatória uma denúncia;

  • Quando é solicitado pela justiça ou está inserido em uma equipe multidisciplinar, descrevendo somente o que é essencial;

  • Repasse de informações confidenciais a psicólogos substitutos em caso de demissão ou exoneração de cargo, sendo responsável por zelar pelo destino dos seus arquivos confidenciais.

Fora isso, se o psicólogo quebrar o sigilo, este poderá ser denunciado ao conselho federal de psicologia (CFP) e sofrer sanções como advertência, multa, censura pública, suspensão e, na pior das punições, ter seu exercício profissional cassado não podendo mais atuar como psicólogo.


#8 Há abordagens psicoterapêuticas não reconhecidas pela Psicologia


Existem inúmeras abordagens teóricas reconhecidas. As principais que encontramos são: a terapia cognitivo-comportamental (TCC), analítico-comportamental, psicanalítica e fenomenológica-existencial, por exemplo. Cada uma com uma visão diferente sobre a pessoa e com formas distintas em manejar o caso de cada paciente.


Porém, existem algumas psicoterapias que não são reconhecidas pela psicologia como a Constelação Familiar. Isso porque não existe nenhuma comprovação científica que comprove a relação entre teoria quântica e a psicologia. O CRP não é um órgão regulamentador, portanto fica a responsabilidade da comunidade científica e da sociedade o reconhecimento da abordagem psicoterapêutica.

Por isso, para compreender se a prática é adequada, certifique-se que ela seja embasada em uma teoria reconhecida pela psicologia e pela postura ética adotada pelo profissional no exercício da função. O Art. 20 do Código de Ética Profissional do Psicólogo diz (p.15): “c) Divulgará somente qualificações, atividades e recursos relativos a técnicas e práticas que estejam reconhecidas ou regulamentadas pela profissão”.



#9 O número de cadastro do profissional precisa estar ativo


Exercício ilegal da profissão é crime disposto na Lei n° 3.688/41, sujeito a pena simples, de 15 (quinze) dias a 3 (três) meses de prisão ou multa. O psicólogo que está atendendo não basta ter formação. Segundo o Art. 10 da Lei 5.766, todo profissional de Psicologia, para exercício da profissão, deve estar inscrito no Conselho Regional de sua área de ação.

Deste modo, para que o profissional possa atuar na área da Psicologia é preciso estar inscrito no CRP e com ele ativo. Isto também se aplica ao profissional que embora esteja regularmente inscrito no CRP da sua região, passa a exercer a profissão em outro Estado e não solicita a inscrição secundária.

Para saber se o psicoterapeuta está credenciado ativamente e em sua região, insira o número do CRP do psicólogo no Cadastro Nacional de Psicólogas (os), clicando aqui.


#10 Quem atende online precisa ter cadastro no Cadastro E-Psi


A Resolução do CFP 11/2018 permite a realização de consultas e/ou atendimentos psicológicos de diferentes tipos de forma, podendo ser online, telefone e/ou e-mail. Devido a pandemia da COVID-19, esta modalidade se fez ainda mais necessária e, atualmente, muitos profissionais tem atendido seus pacientes de forma online devido a diversos benefícios envolvidos.


Mas para atender nesta modalidade, é obrigatório que o profissional esteja cadastrado no Cadastro e-Psi. Para saber se o seu psicólogo está devidamente cadastrado no site, pesquise pelo seu nome completo no filtro clicando aqui.


Gostou das informações? Tem alguma informação que ficou sabendo somente agora ou gostaria de saber sobre mais curiosidades. Conte aqui nos comentários!


Para atendimento psicológico online, o psicólogo Ivan Lucas de Almeida Paiva atende adultos e adolescentes na abordagem da terapia cognitivo-comportamental (TCC). Para agendar sua consulta, clique no botão em “Agendar”.

 
 
 

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